Por: Redação do Afropress
Brasília – As ameaças do bando racista e neonazista, que segundo a Polícia Federal tem ligações com o ex-estudante Marcelo Valle Silveira Mello e com o empresário Emerson Eduardo Rodrigues – presos em Curitiba, desde o dia 22 do mês passado – provocaram a paralisação das aulas em pelo menos cinco Departamentos da Universidade de Brasília (UnB), nessa sexta-feira (13/abril).
Brasília – As ameaças do bando racista e neonazista, que segundo a Polícia Federal tem ligações com o ex-estudante Marcelo Valle Silveira Mello e com o empresário Emerson Eduardo Rodrigues – presos em Curitiba, desde o dia 22 do mês passado – provocaram a paralisação das aulas em pelo menos cinco Departamentos da Universidade de Brasília (UnB), nessa sexta-feira (13/abril).
A ameaça da explosão de uma bomba nas dependências da instituição,
fez com que a Reitoria da UnB acionasse as Polícias Civil, Militar e
Federal. Uma equipe do Bope fez uma ronda preventiva pela manhã no
Instituto Central de Ciências (ICC), porém, nada foi encontrado.
Policiais federais permanecem no campus à paisana.
Silveira Mello é o mesmo que, além de ameaças de morte aos jornalistas de Afropress,
manteve por, pelo menos três anos, ataques sistemáticos ao veículo,
desencadeando uma campanha terrorista que foi denunciada nacional e
internacionalmente. Ele já tem condenação por fazer proselitismo racista
na Rede Mundial de Computadores.
Segundo o advogado Renato Borges Rezende, que acompanhou voluntariamente o caso representando a ONG ABC sem Racismo,
o ex-estudante lidera uma rede criminosa que prega a morte de negros,
judeus e nordestinos. ”É preciso que a Polícia Federal desbarate essa
gangue criminosa que não pode ficar livre, nem atuar à vontade como
vinha fazendo em pleno Estado Democrático de Direito”, afirmou.
A Polícia encontrou R$ 500 mil na conta de Silveira Mello e está
investigando a origem do dinheiro. Uma das hipóteses é que seja fruto da
doação de simpatizantes.
Os presos também teriam, de acordo com a Polícia, apoiado a ação de
Wellington Menezes de Oliveira que, em abril de 2011, atirou em alunos
da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio, matando doze
crianças e ferindo outras dez. Os dois contaram que teriam sido
procurados pelo assassino para orientá-lo sobre como proceder na ação
criminosa.
Aulas suspensas
Professores de pelo menos cinco Departamentos decidiram suspender
aulas por causa das mensagens com alerta de que haveria um ataque à
Universidade.
Preocupada, a Reitoria acionou as Polícias Militar, Civil e Federal e
uma equipe do Bope fez uma ronda preventiva pela manhã no Instituto
Central de Ciências (ICC), sem nada encontrar. Os policiais federais
permaneceram durante todo o dia à paisana no campus.
Os primeiros a serem dispensados foram os alunos dos cursos de
Administração, Psicologia, Sociologia, Comunicação e Ciência Social. Os
funcionários do Departamento de Psicologia também suspenderam os
atendimentos.
“Felizmente hoje eu não tenho aula, mas tenho compromisso na
universidade e estou receosa. O centro acadêmico do curso de Ciência
Sociais foi fechado desde ontem [quinta] por medo”, disse uma estaudante
que não quis se identificar.
Rede criminosa
Segundo a Polícia, mesmo depois da prisão em Curitiba no mês passado, sob a acusação de incitarem a violência contra negros, homossexuais, mulheres, nordestinos e judeus na Internet e de publicarem ameaças contra alunos da UnB, mensagens de violência contra estudantes da instituição continuaram sendo postadas.
Segundo a Polícia, mesmo depois da prisão em Curitiba no mês passado, sob a acusação de incitarem a violência contra negros, homossexuais, mulheres, nordestinos e judeus na Internet e de publicarem ameaças contra alunos da UnB, mensagens de violência contra estudantes da instituição continuaram sendo postadas.
Nota oficial
Em Nota Oficial a Reitoria da Universidade informou que a vigilância no campus Darcy Ribeiro foi reforçada.
Em Nota Oficial a Reitoria da Universidade informou que a vigilância no campus Darcy Ribeiro foi reforçada.
“Contactadas pela Administração Superior, as forças de segurança
enviaram equipes para o campus, realizaram detalhada varredura e não
encontraram nenhum indício de perigo. Como precaução, no entanto,
durante todo o dia de hoje o policiamento foi reforçado na UnB e um
grupo da Reitoria está destacado para acompanhar o caso. O reitor pede a
todos que não alimentem boatos, informem movimentações suspeitas para
os telefones abaixo e repudia ataques contra o ambiente plural,
produtivo e democrático que é a UnB”, afirmou João Batista de Sousa, o
reitor em exercício da Universidade.